quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Um sentido de compromisso em detrimento da responsabilidade aparente.

O conceito de responsabilidade, aparentemente, está mais proximamente relacionado a uma idéia vaga, e imprecisa - e impositiva - a respeito de como um indivíduo deve estabelecer sua relação com o mundo, do que necessariamente um entendimento a respeito do caráter do compromisso. Tal idéia de responsabilidade, dessa maneira, muitas vezes repercutida, é em verdade redutora da compreensão do homem à uma pequena peça de uma grande engrenagem ao qual constitui; e ignora, e mesmo nega, as infinitas potencialidades humanas, e suas possibilidades de realização - sua condição de existência, e do próprio planeta que habita.

De tal modo, encontra essa afirmação, a de que apenas uma fase na vida do indivíduo seja constituída de responsabilidades, certa pacificidade de aceitação, por se constituir num repertório comum; e assim, a partir da repetição, a tendência à solidificação como uma verdade. Todavia, a crença da existência de uma idade em cuja automaticamente se adquire essa suposta responsabilidade, não leva em consideração uma percepção que se associe intimamente à preocupação com a condição do planeta, a uma reflexão sobre a construção da sociedade, ou sobre as relações entre as pessoas; e ainda, parte do entendimento de que todo indivíduo seja constituído exatamente da mesma materialidade, e que a evolução individual de cada pessoa possa se dar em fases distintas, e não numa continuidade do aprimoramento das capacidades humanas, físicas, intelectuais, que se iniciam, ou se reiniciam, no nascimento; e que jamais finaliza.
Apresentando-se mais como um intrigante resultado de um processo cultural que perpetua instrumentos de repressão aos impulsos de vida, às energias sexuais, aos traços que se estabelecem nas esferas criativas - situando-os aos aspectos de não responsabilidade. Relacionando a idéia de amadurecimento a um desenvolvimento da capacidade individual de repreender suas potencialidades criadoras, ou seja, de se tornar um possível, ou até, provável, angustiado neurótico, potencialmente depressivo, e um potencial repressor.

Entretanto, que não seja exata e absoluta nenhuma regra no que diz respeito ao realizar da existência, aos indivíduos é possível toda forma de inserção nos diversos universos de possibilidades. É importante, todavia se ater, e entender, o processo do compromisso, sua necessidade, importância e os reflexos que se estabelecem a partir deste. Do compromisso com o outro, com a natureza, com nós mesmos; um dos caminhos que se fazem à busca da resposta da vida. Ao homem, só não é possível esquivar-se da própria liberdade, do íntimo da própria consciência.

Nada mais libertador que o conhecimento. Se a cada descoberta lhe apresente o desespero, e o insuportável, o passo seguinte é desvendar a trilha da superação, e assim, possível de tornar-se mais robusto, mais forte, mais sensível.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Fora Arruda Paulo Otávio Roriz e companhia

Que ao menos sirva como registro dos acontecimentos que nos cercam neste momento, o desejo de reiteração da indiginação frente aos fatos recentes conhecidos.
Não somente ao ato de corrupção - e é bom sentir que não devemos mais aceitar acomodadamente estes fenômenos surpreendentemente sórdidos, submetidos ao terrível argumento do "isso acontece o tempo todo" - como também aos atos de brutalidade ao qual o sistema repressor, polícia, exército, em todos os momentos oportunos apresentam sua tendência ao massacramento de estudantes, professores, e atos de injustiças, cercados que estão, de cacetetes, capacetes, e da própria lei; dispostos a prender a qualquer momento ao custo do desacato da autoridade, em detrimento dos atos de abuso de poder.
Que a imprensa tenha cada vez mais direitos - não privilégios - e que a sociedade se desencante cada vez mais pelas notícias vãs, devido ao excesso em que se apresentam, e se sintam cada vez mais atores do seu tempo e de sua história, pois é isso que somos o tempo todo, nos mais sutis instantes de nossa existência, em todas as oportunidades que temos de decisão.
Que daqui a alguns posts se apresente um, tanto quanto heróico com a derrubada do Arruda (atual governador de Brasília0 Paulo Otávio (seu vice, marca reconhecida no setor de construtoras) e Roriz (ex governador).
Que essa gangue saia acuada, não das urnas, porque é ímpossível conter o controle populista à estratégia de assistência social eleitoreira; mas na própria linha de batalha dos cursos de possibilidades democrática; e da possibilidade, se não de justiça, do cumprimento da lei.

Fora Arruda, fora P.O fora Roriz - fora gangue do DF, verdadeiros marginais, inimigos da sociedade.

Um outro futuro é possível.