quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Estimular, e não punir.

Um dos problemas na educação que se percebe é o foco no erro, e não no acerto.

É incrível que seja essa a relação que se estabelece de modo geral no interior da instituição pensada enquanto modalidade de capacitação do sujeito ao desenvolvimento de suas possibilidades cognitivas.

Se até em nossas relações inter-pessoais é interessante que busquemos enaltecer as qualidades de nossas companheiras, amigos, semelhantes; por que logo na educação encontra-se a relação do caminhar em direção à ampliação da capacidade de compreender o mundo a partir da punição do erro, ao invés do estímulo ao acerto?

Pois bem, a partir dessa perspectiva um cem números de erros se estabelecem na relação professor-aluno. A dúvida, a pedra filosofal da construção do conhecimento torna-se uma confissão da fraqueza, da deficiência de se aprender; a maioria dos professores incapazes se escondem atrás da arrogância para esconder a limitação da sua compreensão sobre o assunto e a "máxima" absurda de que alguém que saiba muito sobre sua matéria tenha dificuldades de ensinar, justamente porque sabe muito, encontra condições de se materializar. Ora, trata-se de um grande absurdo filosófico. Alguém que efetivamente saiba tudo, logicamente percorreu todos os percursos das dúvidas, se de fato caminhou no sentido de compreender a fundo o que se pretende. Apenas a dúvida capacita a compreensão, o entendimento, e não mero reconhecimento do que está exposto traz em si a luz da verdade, unicamente porque assim que funcionam as coisas.

Buscar entender de fato, é desafiar o raciocínio. O colégio, de modo geral, é uma instituição falida, e o reflexo disso é a própria sociedade, a irracionalidade que se busca impor. Com certeza, tudo isso reflete as lógicas do modo de produção atual. Mas isso é outro papo, e fica para outro post.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Parte final de uma etapa

Considero que hoje seja o dia efetivamente no qual se encerra esse período, esse ciclo, nem tão breve como deveria ter sido, ou como realmente o é para a maioria das pessoas, nem tão longo, talvez, como eu desejaria, mas que, por fim, durou exatamente uma década.

Sim, eu levei uma década para me formar. Entre escolher o curso certo e entender que talvez a escolha do curso não viesse a determinar de modo conclusivo as escolhas futuras na minha vida, encontrar a Geografia, me apaixonar, surtar na geografia, e concluir o curso, durou exatamente uma década. Para mim foi uma ótima década. A melhor da minha vida, em todos os aspectos.

O próximo passo. Mestrado, e provavelmente em uma cidade perto da praia, tranquila e regada pelo som libertador que bate no ritmo do coração, São Luis do Maranhão.

Sim continuarei escrevendo. Tenho um projeto de uma série bem interessante.

Contudo neste semestre eu pude testemunhar três milagres. Um, a conclusão do meu livro que se chama A BATALHA do Universo Inconsciente, o livro gênese da série Iansâmaror.
Segundo, minha avó ter-se recuperado de um AVC intenso, em dois dias, sem nenhuma sequela (Deus, sabe como eu pedi para que tudo não passasse de um sonho, para que ela voltasse, e ela voltou, eu pedi à Mãe de Deus e ela me concedeu).
Terceiro, de fato, minha formatura, a conclusão do meu curso.

Agora vou retornar a escrever no meu blog, no blog do livro, até que ele vire um site gentilmente construído por um grande amigo meu. Vou retornar a escrever no recanto. Retomar o anteprojeto do mestrado. Enfim, lançar um livro dá trabalho. Mas o trabalho eu sei, ainda nem começou.

Viver é muito bom, lutar por algo é maravilhoso, correr atrás de um sonho, indescritível.