sábado, 22 de agosto de 2009

Brasileiro do mundo

Viver uma nação não é um papel muito fácil. É um sentimento que volta e meia paira sobre as rotineiras tarefas diárias. É estimulado, negligenciado, amputado, manipulado. Um sentimento que procuramos defender, claro, pois que, nasce da realização direta do viver, das nossas vontades, ilusões, projeções, e possibilidades. Estas que se materializam nos processos, funções, anseios, na inexistência destes, que se encontram, ou deveriam, e somente podem ser alcançados no território.
Mesmo que as possibilidades extraterritoriais possam ser consideradas, elas permeiam o território, e toda a sua territorialidade. Intervindo na construção, na modificação do próprio homem. As condições possíveis externas ao território pedem licença para se realizar, e só se realizam obedecendo as condições impostas pelo próprio território, caso contrário, não. Assim, somos brasileiros, aqui. Em qualquer lugar. Somos as extensões da nossa terra, títulos dos nossos campeonatos de futebol, olímpicos, da música e tudo o mais que já se está cansado de ouvir, de tanto que se repete esse discurso sobre nossa territorialidade. A beleza de nossa nacionalidade, o luxo da nossa miséria e o lixo da nossa competência política! Um tipo de imposição ao brasileiro, essa brasilidade.
Mas é importante isso, a Nacionalidade. Na contra-partida do discurso global, globalizador. A nacionalidade é muito importante. O capital das companhias nacionais necessita dessa nacionalidade. Mas isso é bom. Saber quem somos, e pra onde devemos ir. Sim! Somos o quê?! Latino Americanos, por mais que não pareça, ou esqueçamos, somos. Somos brasileiros, filhos de Ogum, afilhados do Papa, e de todas as igrejas cristãs. Nem tanto dos deuses indígenas que aqui houveram.
Mas esse discurso, vai deixando de colar. É preciso saber porquê precisamos nos sentir brasileiros - Porque compartilhamos um território, regido pelas mesmas leis, falamos as mesma lingua, conhecemos e sentimos os mesmos problemas.
E então, podemos nos ajudar. Devemos querer no fundo, porque se o simples fato da necessidade de acabar com a fome e a miséria não é o suficiente pra esse desejo, o futuro é que nossos filhos subam as favelas, e dividam a mesma rua que o moleque com cara de fome e nariz de cola, o mesmo espaço. A segurança futura, depende da felicidade geral, e, com certeza, da máxima justiça e igualdade social.


...Até o dia em que o homem olhar para outro homem e não conseguir enxergar os seus próprios olhos. Haverá guerra. – A humanidade é uma só, ou nos abraçamos, ou não lançamos vôo.

Ao poeta,

Bob Marley, Songs Of Freedom...
Obrigado por tentar nos mostrar o quanto podemos ser fortes quando estamos cantando a mesma canção, porque estamos juntos.

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