Será exagerado crer que exista qualquer relação com filmes a respeito do holocausto, e a apologia do sentimento sionista?
Será outro absurdo relacionar a apologia desse sentimento com a necessidade de justificar o estado de Israel, em todos os seus aspectos, em que se apresenta sua política expansionista e belicista contra o Estado da palestina?
Bastardos inglórios tem uma excelente fotografia, ótimas atuações, mas é tão ruim, que eu não consegui ver o filme inteiro. Está na hora de esquecermos o sofrimento do holocausto e pensarmos no sofrimento dos palestinos. Não podemos mudar o passado, mas podemos alterar o presente e construir um novo futuro.
É inegável que o Tarantino seja um ótimo diretor, um dos melhores nos últimos tempos. Entretanto, o objetivo ao qual esse magnífico diretor se propõe ao realizar o filme Bastardos Inglórios, é que não é tão glorioso.
Relembrar o holocausto nazista é importante por não deixar esquecer a tragédia, humana cruel e injustificável imposta aos judeus. Até esse ponto ninguém pode discordar que seja algo louvável.
O indignante é que efetivamente a colonização das américas pelos Europeus se deu de forma tão ou, infinitamente, mais cruel e não existem filmes (ou existem muito poucos) que tratam sobre o genocídio indígena, os "campos de concentração" de escravidão afro no continente americano; das seculares guerras na África (e suas reais causas); mas existem diversos e premiados filmes sobre o holocausto que vez em quando são tão bons que se torna quase proibido que se fale mal deles:
A Vida É bela;
A Lista de Schindler
Os Falsários (Oscar de melhor filme estrangeiro 2008)
Um Ato de Liberdade (Quentin Tarantino, 2009)
Operação Valquíria (dir.: Bryan Singer, 2008) com Tom Cruise
O Leitor (dir.: Stephen Daldry, 2008) - Kate Winslet ganhou o Oscar de melhor atriz
O Menino do Pijama Listrado (dir.: Mark Herman, 2008)
A Espiã (dir.: Paul Verhoeven, 2006)
A Queda – As últimas horas de Hitler (dir.: Oliver Hirschbiegel, 2004)
O Pianista (dir.: Roman Polanski, 2002)
Cinzas de Guerra (dir.: Tim Blake Nelson, 2001)
Só para citar alguns deles. Tenha certeza que existem muitos mais, a lista é infindável.
A história do holocausto judeu "rende" mais filmes por que a história deles é mais cruel, do que o genocídio acometido aos índios nas américas do sul, central e do norte? Não. É mais importante do que as guerras que ainda existem, hoje, no território africano? Não.
Por acaso o que os alemães fizeram com os judeus é muito diferente do que os judeus (o povo prometido, segundo a bíblia) impõe aos Palestinos? Não. E segundo José Saramago, Israel transformou a faixa de gaza num campo de concentração à céu aberto.
A destituição, em parte, da glória do Tarantino enquanto gênio do cinema, ao meu ver, é atribuído em parte, quando se coloca a serviço de um filme, que dentro de uma série, serve para justificar as atitudes do Estado de Israel e seu projeto expansionista.
Bastardos Inglórios ainda apresenta o seu próprio Hitler judeu, só que mais bonito, mais "do povo", que luta junto a outros sanguinários soldados promovendo a vingança tão almejada e libertadora.
Não sei vocês, mas eu já cansei dessa temática hipócrita sobre um incidente que não difere de tantos outros, com certeza infinitamente infelizes, tristes, e injustificáveis, tanto quanto outros que ainda acontecem, no esquecido mundo mulçumano. A CRUZADA CRISTÃ AINDA NÃO ACABOU!! É por isso que a vida de um muçulmanos vale menos; claro eles são terríveis: obrigam as mulheres a usar burca, praticam atos terroristas, e tem barbas enormes.
A VERDADE É QUE OS MUÇULMANOS ESTÃO ACUADOS PELO MUNDO OCIDENTAL SEDENTO DO PETRÓLEO E DE ÁREAS PARA INSERIR SUAS EMPRESAS - Não têm espaço na mídia, têm sua religião ridicularizada, assim como seus costumes. A globalização representa as grandes Náus do passado; a construção simbólica midiática, no cinema, na música, nos jornais: as novas espadas. Os canhões, jatos, e metralhadoras: o novo Deus libertador - Amém!
A Palestina não deve sofrer calada! E os judeus devem aprender o significado da palavra perdão. Não faz mais sentido nenhum falar sobre o holocausto passado, enquanto estes mesmos atores promovem o holocausto presente no Estado da Palestina.
Se é pra fazer filme que nos resgatem a história de violência e covardia sofrida por um povo, vamos lembrar do genocídio indígena.
Talvez quando tivermos descendentes indígenas fazendo cinema vamos ver esse tipo de filme.
Salve à nova consciência, o caminho de paz!